02 Agosto

Livre o seu melhor amigo dos parasitas


Com a chegada das temperaturas mais quentes chega também a maior preocupação de mantermos os nossos animais de estimação protegidos de parasitas. Mas será que é suficiente preocuparmo-nos e tomarmos medidas preventivas apenas nestes meses de primavera e verão? A resposta, em Portugal, é não. O nosso país tem condições propícias a parasitoses durante todo o ano embora a maior incidência se verifique de facto nos meses de maior calor.

Também para as pessoas, os parasitas – internos e externos – constituem um grande problema e as crianças e idosos, assim como pessoas imunocomprometidas, são as mais vulneráveis em caso de parasitose e o adequado tratamento e prevenção dos nossos animais vai, no final de contas, proteger toda a família.

Existem dois tipos de desparasitação:

· Desparasitação interna - que atua na eliminação dos parasitas internos (sobretudo gastrointestinais, mas não só). · Desparasitação externa, que atua na eliminação e repelência dos parasitas externos (sobretudo pulgas, carraças e mosquitos) e ambas podem ser feitas com recurso a vários fármacos e apresentações.

Os animais que não saem de casa precisam da desparasitação?

A verdade é que todos os cães e gatos correm o perigo de apanhar pulgas e carraças. Os ovos das pulgas são extremamente resistentes e suficientemente pequenos para serem transportados por outros animais ou por objetos e depositarem-se nos nossos tapetes onde mais tarde vão eclodir e desenvolver-se e por fim saltar para o cão ou o gato.

Já as carraças têm a estratégia de aguardar que passe um possível hospedeiro e saltam para se instalar. Pulgas, carraças e mosquitos podem ser vetores de doenças, algumas suficientemente graves para colocar a vida do animal em risco.

Qual a melhor forma de prevenirmos estas parasitoses?

Usando um dos vários produtos atualmente disponíveis no mercado, seja em comprimido, spot-on (vulgar pipeta) ou coleira nas doses indicadas e na frequência de administração recomendada. No caso de parasitas externos, ajuda, por exemplo, aspirar bem os tapetes de casa e fazer uma inspeção visual sempre que chega com o cão da rua.

No caso dos parasitas internos como lombrigas ou ténias em que os sintomas, quando há, são inespecíficos e muito discretos, a melhor forma de detetarmos ovos, larvas ou o parasita adulto é com a colheita e visualização ao microscópio de uma amostra de fezes ou sangue.

Nota importante: quando trazemos um cão ou um gato novo para casa, este deve ser visto pelo médico veterinário assim que possível para que seja desparasitado e não haver o risco de expor família e outros animais da casa.

Hugo